domingo, 24 de julho de 2011

PL122: Por que somos contra a essa maldita lei


No Artigo 20 parágrafo 5 do PL 122 dá para se ter uma idéia de como ficará o mundo com a implantação da agenda gay:

“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. ………………………………..§ 5º O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica;

Qualquer tipo de ação intimidatória, moral, filosófica e psicologia abre um leque de possibilidades. Por exemplo: Se alguém citar algum versículo de Romanos Capítulo I que fala da abominação do comportamento homossexual já é motivo para cadeia, censura e outras punições .Se alguém apenas escrever que o movimento homossexual é algo anti natural a militância gay pode interpretar como uma atitude vexatória ou perturbação da ordem moral. Isso,segundo o que eles querem, dará anos de cadeia para o infrator.

Se uma pessoa praticar pedofilia ela pode ser isenta de qualquer crime, pois através deste artigo, ela pode alegar que a opção sexual dela é praticar sexo com crianças.

Se esta lei for aprovada será instaurada uma DITADURA GAY, e se hoje você acha engraçado ver estas pessoas alegres e “divertidas”, amanhã você sentirá impotente, porque através desta lei você será subjulgado por esta nova CASTA que eles estão querendo impor. Você perderá os seus direitos, estarão rasgando a constituição. Ninguém neste país pode ser superior ao outro pelo fato de escolher uma opção sexual diferente.

Abaixo-assinado Contra PL122


A pressão da bancada evangélica impediu a votação do projeto de lei complementar 122/06 que criminaliza os atos de homofobia. Ele seria votado nesta manhã na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. Em uma sessão que ao final contou com troca de xingamentos e ofensas entre o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) e a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), o projeto foi retirado de pauta sem previsão de retorno.

Representantes da Frente Parlamentar Evangélica presentes à sessão pediram o adiamento alegando que devem ser realizadas audiências públicas, porque ele não teria sido suficientemente discutido no Congresso. “Precisamos debater à exaustão, sem privilegiar ninguém. Há pelo menos 150 milhões de brasileiros que não foram ouvidos”, disse o senador Magno Malta (PR-ES).

A proposta modifica a Lei de Racismo para criminalizar também os atos de homofobia, estendendo a eles as mesmas punições impostas aos crimes de preconceito racial. O projeto pune com reclusão de um a três anos condutas discriminatórias, como recusar o atendimento a gays em bares e restaurantes e reprimir trocas de afeto em locais públicos, como beijos ou abraços.

O item mais polêmico pune com prisão, de um a três anos, e multa aqueles que induzirem ou incitarem a discriminação ou preconceito contra os homossexuais. A avaliação é de que padres e pastores serão proibidos de pregar contra a homossexualidade nas igrejas e templos religiosos. Na sessão desta manhã, integrantes da bancada evangélica pregaram adesivos na boca em protesto, alegando que o projeto reprime a liberdade de expressão deles.

Bomba: Será que Lula reassume o cargo da presidência antes do esperado?

 

CCJ do Senado aprova proposta que impede vice de suceder presidente

Pelo projeto, vice-presidente só poderá ser substituto. Em caso de vacância do cargo teria de se convocar nova eleição.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (3) uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que não permite mais ao vice-presidente suceder o presidente em caso de vacância de cargo.

Pela proposta, o vice seria apenas o substituto temporário do titular. Na impossibilidade da volta do presidente, seriam convocadas novas eleições. O projeto precisa ser votado ainda duas vezes no plenário do Senado antes de ir para a Câmara.

Pelas regras atuais, o vice sucede o presidente no caso de morte, de impeachment ou de doença gravíssima do titular, completando assim o seu mandato.

O projeto altera dois artigos da Constituição e permite ao vice apenas substituir o titular. Em todos os casos mencionados (morte, impeachment, doença gravíssima) seria necessário convocar novas eleições para presidente em 90 dias. Caso a vacância aconteça nos dois últimos anos de mandato, a eleição, de acordo com a proposta, seria realizada em 30 dias e de forma indireta, pelo Congresso Nacional.

O relator da PEC, Demóstenes Torres (DEM-GO), afirma que a intenção é garantir o maior tempo possível do exercício do cargo por um presidente eleito. “A intenção é essa mesma, é para enfraquecer mesmo o vice e para ter sempre um presidente eleito”.

Se a proposta estivesse em vigor, Itamar Franco (PPS-MG), por exemplo, não teria sucedido Fernando Collor (PTB-AL) após o impeachment em 1992. Demóstenes Torres reconheceu que, se a proposta virar lei, um possível prejudicado seria Michel Temer (PMDB), vice eleito na chapa de Dilma Rousseff (PT).

O projeto prevê ainda que a nova regra vigore também para os deputados federais, determinando que um suplente não pode suceder o titular. No caso do Senado, Demóstenes Torres afirma que outra PEC já aprovada na comissão determina também nova eleição para evitar que o suplente suceda o senador.
No artigo O estado de saúde da Dilma Rousseff, Michel Temer assumirá? mostra a preocupação com a saúde da presidente Dilma Rousseff, em 2009 ela foi acometida por um câncer linfático, diagnosticado e tratado. Segundo os médicos a doença foi curada e desde então nenhum evidência desde mal em suas deficiências imunológicas.

Lula candidato perfeito do PT


Então fica a pergunta, por que os senadores em Novembro de 2010 aprovaram esta PEC e não fizeram isto anteriormente? Esta PEC ainda terá que ser votado ainda duas vezes no plenário antes de ir para câmera, lembrando.

Será que um partido quer a perpetuação no poder aqui no Brasil? Por que se analisarmos qual seria o candidato natural caso a presidente Dilma Rousseff se ausente do cargo? Certamente seria o candidato Luiz Inácio Lula da Silva, pois estaria habilitado para concorrer a esta nova eleição, já que a mesma antes de dois anos de mandato, seria pelo voto popular.

O texto elaborado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, evidencia o caminho para o regime totalitário. A verdade é que o PT não quer dividir o poder com ninguém, ele quer mudar o sistema, para que o mesmo se torne um instrumento do partido, hoje o PT quer ser colocar acima do estado.

Saúde da presidente Dilma Rousseff


Nos últimos dias, ÉPOCA teve acesso a relatos médicos, a exames e à lista de medicamentos que ela toma. Durante o tratamento da pneumonia, eram 28 remédios diariamente – entre drogas alopáticas, suplementos vitamínicos prescritos em tratamentos ortomoleculares e cápsulas que Dilma consome por conta própria, algumas pouco ortodoxas, como cartilagem de tubarão (leia a lista completa abaixo).

Procurada por ÉPOCA, Dilma pediu ao Hospital Sírio-Libanês que emitisse um boletim exclusivo sobre sua condição de saúde. “Do ponto de vista médico, neste momento a Sra. Presidenta apresenta ótimo estado de saude”, afirma o boletim.

Referências: http://g1.globo.com/politica/noticia/2010/11/ccj-do-senado-aprova-proposta-que-impede-vice-de-suceder-presidente.html

Líbia: A verdade que eles não querem contar

Para justificar a intervenção americana na Líbia, Kadhafi é mostrado como sendo ditador sanguinário do qual a sua população, mergulhada na pobreza,necessita ser protegida. A realidade é bem diferente.
Após a independência da Líbia em 1951, o Reino Unido colocou no poder o rei Idris, este foi derrubado por Kadhafi em 1969. Nessa altura, a Líbia era um dos países mais pobres do mundo, com uma literacia abaixo dos 10%. Esta é agora de 90%, a mais elevada de África.

Alguns dados retirados do relatório da ONU em 2007:


A líbia tem o maior Indice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África ;
O ensino é gratuito até à Universidade;

10% dos alunos universitários estudam na Europa, EUA, etc… e com tudo pago;
Ao casar, o casal recebe até 50.000 US$ para adquirir seus bens;

O sistema de saúde é gratuito, e rivaliza com os europeus. Equipamentos de última geração, etc…;
Existem empréstimos feitos pelo Banco estatal sem juros;

Foi inaugurado em 2007, o maior sistema de irrigação do mundo, que tem vindo a conquistar o deserto (95% da Líbia) destinado à produção de alimentos.

Porque é que os americanos tomam conta da Líbia?


Três motivos principais:

1 – Possuir o seu petróleo, de boa qualidade e com volume superior a 45 bilhões de barris em reservas;

2 – Fazer com que todo mar Mediterrâneo fique sob controle da OTAN. Só falta agora a Síria;

3 – E, provàvelmente, um dos maiores motivos, é que o Banco Central Líbio não é atrelado ao sistema mundial Financeiro.

As suas reservas de toneladas de ouro, dão cobertura ao valor da moeda, o dinar, e permite ficar imune às flutuações do dólar. O sistema financeiro internacional ficou preocupado com Kaddafi, por ter apresentado e quase conseguido, que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dólar.

Bombardeamentos…”humanitários”


1 – A OTAN comandada pelos EUA, já bombardearam as principais cidades Líbias com milhares de bombas e mísseis que são capazes de destruir um quarteirão inteiro. Os prédios e infra estrutura de água, esgoto, gás e luz estão sèriamente danificados;

2 – As bombas usadas contem DU (Uranio empobrecido) tempo de vida 3 bilhões de ano (causa cancro e deformações genéticas);

3 – Metade das crianças líbias estão traumatizadas psicológicamente por causa das explosões;

4 – Com o bloqueio marítimo e aéreo da OTAN, principalmente as crianças sofrem com a falta de remédios e alimentos;

5 – A água está imprópria para consumo em grande parte do país. De novo as crianças são as mais atingidas;

6 – Cerca de 150.000 pessoas por dia, deixam o país através das fronteiras com a Tunísia e o Egipto. Muitas vão para o deserto sem abrigo, sem água e sem comida;

7 – Mesmo que o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas estariam precisando de ajuda humanitária para sobreviver: sobretudo água e comida. A população da Líbia era de 6,5 milhões de habitantes.

Em suma: O bombardeio “humanitário”, acabou com a nação líbia.
Dados retirados e traduzidos do texto:
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=24389

Crise Econômica Mudial: O último alerta antes do choque do Outono de 2011

GEAB- Global Europe Anticipation Bulletin.

Em 15 de Dezembro de 2010, no GEAB nº 50, a equipe do LEAP/E2020 antecipava a explosão das dívidas públicas ocidentais no segundo semestre de 2011. Descrevíamos então um processo que partiria da crise das dívidas públicas europeias [1] para a seguir atear o fogo ao coração do sistema financeiro mundial, ou seja, a dívida federal dos EUA [2] .

E eis-nos aqui, com este GEAB nº 56, à beira do segundo semestre de 2011, com uma economia mundial em pleno descalabro [3] , um sistema monetário global cada vez mais instável [4] e praças financeiras que estão em transe [5] , tudo isso apesar dos milhões de milhões de dinheiro público investidos para evitar precisamente este tipo de situação.

 A insolvência do sistema financeiro mundial, e em primeiro lugar do sistema financeira ocidental, retorna novamente à frente da cena após pouco mais de um ano de políticas cosméticas visando afundar este problema fundamental sob carradas de liquidez.

Em 2009 havíamos estimado que o planeta contava com cerca de US$30 trilhões de activos fantasmas. A metade aproximadamente desfez-se em fumo em seis meses, entre Setembro de 2008 e Março de 2009. Para a nossa equipe, é agora a vez de a outra metade, os restantes 15 trilhões de ativos fantasmas, pura e simplesmente desvanecerem-se entre Julho de 2011 e Janeiro de 2012.

E desta vez, as dívidas públicas estarão igualmente em causa, ao contrário de 2008/2009 em que foram essencialmente os actores privados os afectados. Para avaliar a dimensão do choque que se prepara, é útil saber que mesmo os bancos americanos começam a reduzir a sua utilização dos Títulos do Tesouro dos EUA para garantir suas transacções, por medo dos riscos crescentes que pesam sobre a dívida pública estado-unidense [6] .

Para os actores do planeta financeiro, o choque do Outono de 2011 vai assim corresponder no sentido literal ao facto de sentirem o chão ruir sob os seus pés, uma vez que é a própria base do sistema financeiro mundial, o Título do Tesouro dos EUA, que se vai afundar brutalmente [7] .


Neste GEAB nº 56 abordamos os dois aspectos mais perigosos deste choque do Outono de 2011, a saber:
- o mecanismo de detonador das dívidas públicas europeias
- o processo de explosão da bomba estado-unidense em matéria de dívidas públicas.

Paralelamente, neste contexto de aceleração da reequilibragem das correlações de força planetárias, apresentamos a antecipação de um processo geopolítico fundamental referente à realização de uma cimeira Euro-BRICS daqui até 2014.

Finalmente, concentramos nossas recomendações nos meios de evitar fazer parte destes 15 milhões de milhões de activos fantasmas que se vão desvanecer em fumo nos próximos meses, com uma menção muito particular ao imobiliário residencial ocidental cujo afundamento dos preços que havíamos antecipado para 2015 começa de facto a partir de 2012.

No comunicado público GEAB nº 56 apresentamos uma parte da antecipação acerca do mecanismo de detonador das dívidas públicas europeias.

O mecanismo detonador das dívidas públicas européias

Os operadores financeiros anglo-saxónicos brincaram de aprendizes de feiticeiro durante um ano e meio e as primeiras manchetes do Financial Times em Dezembro de 2009 sobre a crise grega tornaram-se rapidamente uma chamada “crise do Euro”.

Não retornaremos às vicissitudes desta formidável manipulação da informação [8]orquestrada a partir da City de Londres e da Wall Street uma vez que já consagrámos numerosas páginas em vários GEAB ao longo deste período.

Contentamo-nos em constatar que dezoito meses depois, o Euro se comporta bem ao passo que o Dólar continua a sua descida aos infernos em relação às grandes divisas mundiais; e que todos aqueles que apostaram na deslocação da zona Euro perderam muito dinheiro.

Como havíamos antecipado, a crise favorece a emergência de um novo soberano, a Eurolândia, que permite hoje à zona Euro estar bem melhor preparada que os Japão, os Estados Unidos ou o Reino Unido [9] quanto ao choque do Outono de 2011 … ainda que ela esteja em vias de desempenhar um papel de detonador nesta matéria, muito apesar dela. O “bombardeamento” (pois é preciso chamar as coisas pelos seu nome) [10] , entrecortado por pausas de algumas semanas [11] , ao qual está submetida a Eurolândia desde este tempo teve de facto três grandes efeitos consecutivos, muito afastados quanto a dois deles dos resultados pretendidos pela Wall Street e pela City:

1. Num primeiro tempo (Dezembro 2009 – Maio 2010), fez desaparecer o sentimento de invulnerabilidade da divisa europeia tal como se havia constituído em 2007/2008, introduzindo a dúvida sobre a sua perenidade e sobretudo relativizando a ideia de que o Euro era a alternativa natural ao US Dólar (ou mesmo seu sucessor).

2. Depois, num segundo tempo (Junho 2010 – Março 2011), levou os dirigentes da Eurolândia a porem mãos à obra a “muito grande velocidade” todas as medidas de salvaguarda, de protecção e de reforço da moeda única (medidas que já deveriam ter sido tomada há numerosos anos). Fazer isto redinamizou a integração europeia e restabeleceu o núcleo fundacional na cabeça do projecto europeu, marginalizando em particular o Reino Unido [12] .

 Ao mesmo tempo, isto promoveu apoio crescente à divisa europeia por parte dos BRICS, encabeçados pela China, os quais após um momento de hesitação se tornaram conscientes de dois pontos fundamentais: primeiro que os europeus estavam a actuar seriamente para enfrentar o problema e, em segundo lugar, dado o encarniçamento anglo-saxónico, o Euro era obviamente uma ferramenta essencial para qualquer tentativa de sair do “mundo do dólar” [13] .

3. Enfim, actualmente (Abril 2011 – Setembro 2011), a crise conduz a zona Euro a empreender afectar os sacrossantos investidores privados a fim de os por a contribuir para resolver o problema grego através, nomeadamente, das extensões “voluntárias” dos prazos de reembolso (ou qualquer outra forme de corte nos lucros previstos) [14] .

Como se pode imaginar, se o primeiro impacto era certamente um dos objectivos perseguidos pela Wall Street e pela City (além do facto de desviar a atenção dos problemas maciços do Reino Unido e dos Estados Unidos), os dois outros em contrapartida são efeitos totalmente contrários ao fim que se buscava: enfraquecer o Euro e reduzir sua atracção mundial.

Sobretudo quando se prepara uma quarta sequência que vai assistir, daqui até o princípio de 2012 [15] , o lançamento de um mecanismo de Eurotítulos (Eurobonds), permitindo mutualizar uma parte das emissões de dívidas dos países da Eurolândia [16] , assim como a inevitável pressão política crescente[17] para aumentar a parte da contribuição privada neste vasto processo de reestruturação [18] da dívida dos países periféricos da zona Euro [19] .


E com esta quarta sequência entra-se no cerne do processo de contágio que vai fazer explodir a bomba do endividamento federal dos EUA. Pois, por um lado, ao criar um contexto mediático e financeiro mundial ultra-sensibilizado para as questões de endividamento público, a Wall Street e a City tornaram visível a amplitude insustentável dos défices públicos estado-unidense, britânico e japonês [20] . Isso obrigou mesmo as agências de notação, fieis cães de guarda das duas praças financeiras, a lançarem-se numa corrida louca para a degradação das notas dos Estados.

É por esta razão que os Estados Unidos se encontram agora sob a ameaça de uma degradação, como havíamos antecipado, quando isso parecia impensável para a maior parte dos peritos há apenas alguns meses atrás. E paralelamente o Reino Unidos, a França, o Japão, … encontram-se igualmente na mira das agências [21] .

Recordamos que estas agência jamais anteciparam nada de importante (nem as subprimes, nem a crise mundial, nem a crise grega, nem a Primavera árabe, …). Se hoje elas degradam atabalhoadamente, é porque estão presas ao seu próprio jogo [22] .

Não é mais possível degradar um A sem afectar a nota B se B não estiver em melhor situação. Os “pressupostos” sobre o facto de que é impossível a tal ou tal Estado entrar em incumprimento da sua dívida não resistiram a três anos de crise: é aqui que a Wall Street e a City caíram na armadilha a qual ameaça todos os aspirantes a aprendizes de feiticeiro. Eles não viram que lhes seria impossível controlar esta histeria em torno da dívida grega.

Assim, hoje, é no Congresso dos EUA, no quadro de um violento debate sobre o tecto de endividamento e os cortes orçamentais maciços, que desenvolvem as consequências dos artigos manipuladores destes últimos meses sobre a Grécia e a zona Euro. Mais uma vez, nossa equipe não pode senão sublinhar que se a História tem um sentido, este é sem dúvida o da ironia.
Notas:
(1) Inclusive o facto de que os investidores privados (nomeadamente os bancos) seriam postos a contribuir para resolver o problema da dívida grega.

(2) Sem esquecer naturalmente as dívidas das colectividades locais americanas.

(3) Os Estados Unidos retomam a recessão. A Europa desacelera assim como a China e a Índia. A ilusão de uma retomada mundial doravante está totalmente acabada. É igualmente esta situação muito inquietante que explica porque as grandes empresas acumulam tesouraria: elas não querem encontrar-se outra vez como em 2008/2009 dependentes de bancos eles próprios em crise de liquidez. Segundo LEAP/E2020, as PME e os particulares deveriam meditar utilmente nesta situação. Fonte: CNBC, 06/06/2011

 (4) James Saft, editorialista de renome para a Reuters e o New York Times, chega mesmo ao ponto de desejar “boa sorte para a hegemonia do Dólar”. Fonte: Reuters, 19/05/2011
(5) As bolsas sabem que a “festa” está acabada com o fim da Quantitative Easing dos EUA e o retorno da recessão. E os operadores financeiros não sabem mais como encontrar aplicações lucrativas e não demasiado arriscadas.

(6) Fonte: CNBC/FT, 12/06/2011

(7) Mesmo a Arábia Saudita doravante inquieta-se publicamente pela boca do Príncipe AlWaleed, que evoca a “bomba da dívida dos EUA”. Fonte: CNBC, 20/05/2011

(8) Último exemplo: a manifestação anti-austeridade de 04/Junho em Atenas que penosamente reuniu menos de 1000 manifestantes ao passo que os media anglo-saxónicos novamente fez manchetes com esta prova de rejeição da população grega … evocando milhares de manifestantes. Fontes: Figaro, 05/06/2011; Financial Times, 05/06/2011; Washington Post, 06/06/2011

(9) O Telegraph de du 07/06/2011, por exemplo, ensina-nos que desde os anos 1980 o Reino Unido gastou 700 mil milhões de libras mais do que ganhou. Uma boa parte desta soma entra nos 15 milhões de milhões de activos fantasmas que vão desaparecer proximamente.

(10) Pode-se constatar o esgotamento do discurso sobre o “fim do Euro” no facto de que daqui em diante a Wall Street está reduzida a fazer intervir regularmente Nouriel Roubini para tentar credibilizar esta fábula. O pobre Roubini, cujos trabalhos de antecipação não previram nem a crise mundial nem nunca ultrapassaram seis meses, vê-se reduzido a dever prever o “fim do Euro” daqui a cinco anos, ou ao menos uma reforma fundamental da zona Euro podendo igualmente redundar numa integração europeia reforçada.

Citamos o autor de acordo com a sua recente intervenção num congresso em Singapura retomada no Figaro de 14/06/2011. Assim, se se resumir a previsão de Nouriel Roubini, haveria um do Euro daqui a cinco anos salvo se de facto o Euro se reforçasse através do estabelecimento definitivo de um “novo soberano”, a Eurolândia.

Que antecipação! Para além do efeito do anúncio espalhafatoso, isso consiste em dizer que daqui a cinco anos (duração infinitamente longa em tempo de crise, e Roubini falava de prazos muito mais próximos há alguns meses), ele pode avançar uma coisa e o seu contrário. Obrigado Doutor Roubini! É difícil tentar fazer prospectiva e trabalhar para a Wall Street ao mesmo tempo. Enfim, ele faz o que é preciso para tentar convencer (em vão) os asiáticos a não vender os activos em Dólares em proveito daqueles em Euro.

(11) Quando os peritos e os media anglo-saxónicos não podem realmente inventar mais nada para legitimar a manutenção da “crise do Euro” nas manchetes.

(12) Mas também a Suécia cujas elites continuam a viver no mundo do após 1945, aquele em que elas puderam enriquecer aproveitando-se dos problemas do resto do continente. A propósito do Reino Unido, a City contiua a tentar em vão evitar passar para o controle das autoridades europeias como nos ensiva este artigo do Telegraph de 30/05/2011.

O mais divertido neste artigo é a imagem escolhida pelo jornal: uma bandeira europeia em farrapos. Contudo é a própria City que está em vias de perder a sua independência histórica em proveito da UE e não o contrário. Isto é uma ilustração flagrante da impossibilidade de compreender os acontecimentos que se desenrolam na Europa através dos media britânicos, mesmo quando se trata do Telegraph, excelente quanto à sua cobertura da crise.

(13) Daí a sua motivação para comprar a dívida da Eurolândia. Fonte: Reuters, 26/05/2011
(14) Fontes: YahooActu, 13/06/2011; DeutscheWelle, 10/06/2011; Spiegel, 10/06/2011
(15) A crise não permitirá à Eurolândia esperar 2013, data prevista para rever o sistema adoptado em Maio de 2010, para resolver este debate.

(16) Diversas fórmulas estão em estudo, mas as mais prováveis organizam-se em torno de um sistema de emissão de dívida pública a dois níveis: uma emissão beneficiando da assinatura comum da Eurolândia (e portanto de taxas muito baixas) num montante indo até uma percentagem máxima do PIB de cada Estado (40%, 50%, 60% … cabe aos dirigentes da Eurolândia escolher); para além deste patamar, as emissões não são mais garantidas senão pela assinatura do Estado em causa, implicando taxas rapidamente muito elevadas para os alunos menos sérios da classe.

(17) A este respeito, é lamentável que os media internacionais se interessem mais por alguns milhares de manifestantes gregos (ver mais adiante neste número do GEAB um exemplo flagrante das diferenças imensas entre números reais e números dos media anglo-saxónicos) que supostamente encarnam a recusa da austeridade europeia e a fraqueza da zona Euro, ao invés da expectativa real dos gregos cuja carta aberta dos seus intelectuais acusa não a Eurolândia mas as suas próprias elites políticas e financeiras de serem incapazes de respeitarem seus compromissos e apela ao nivelamento do sistema político-social grego com o do resto da Eurolândia. Fonte: L’Express, 09/06/2011

(18) A propósito da palavra “reestruturação” sobre a qual deliram amplamente em artigos e emissões economistas e financeiros de todos os géneros, nossa equipe deseja dar uma precisão límpida de simplicidade: é evidente que uma parte da dívida grega pertence a estes 15 milhões de milhões de activos fantasmas que se vão evaporar nos próximos meses.

Pouco importa a palavra utilizada, “reestruturação”, “incumprimento”, …, como havíamos indicado nos GEAB anteriores, a Eurolândia organizará um processo que fará perder aos credores menos poderosos ou aos mais expostos uma parte significativa das suas aplicações na Grécia. É a isso que se chama uma crise. E a “razão de Estado” funciona sempre da mesma maneira. Mas, de qualquer modo, daqui até lá, o problema será deslocado para os Estados Unidos, o Japão, o Reino Unido, e mais ninguém prestará atenção ao caso grego cujos montantes são ridículos em comparação: Grécia 300 mil milhões de euros; EUA, 15 milhões de milhões de dólares.

(19) E o próximo exame pelo Tribunal Constitucional de Karlsruhe de recurso contra o Fundo de Estabilização Europeu não porá em causa as decisões tomadas, vai aumentar a pressão na Alemanha para que o sector privado participe das soluções, ou seja, das perdas. Fonte: Source : Spiegel, 13/06/2011

(20) Um cálculo muito simples permite avaliar a diferença entre o problema grego actual e a crise estado-unidense em preparação: os bancos em particular vão ser obrigados a assumir entre 10% e 20% do custo do salvamento da dívida grega, ou seja, entre 30 e 60 mil milhões de euros. É isto que nestes dias “excita” as agências de notação a propósito dos bancos europeus.

 A explosão da bomba da dívida federal dos EUA imporá no mínimo um custo de proporções idênticas para os bancos e outros detentores institucionais desta dívida. Fala-se portanto neste caso (uma estimativa conservadora pois a própria natureza da utilização do Títulos EUA implicará uma contribuição privada mais importante) de montante compreendidos entre 1500 e 3000 mil milhões de dólares. Isto é coerente com nossa estimativa dos 15 milhões de milhões de activos fantasmas que desaparecerão nos próximos trimestres.

(21) Fontes: Reuters, 08/06/2011; Le Monde, 11/06/2011; FoxNews, 30/05/2011
(22) E uma das consequências deste jogo é que os europeus se preparam não só para enquadrar severamente os métodos das agências de notação como vão muito simplesmente criar concorrentes às agências anglo-saxónicas, como já o fizeram os chineses cuja agência Dagong estima que os Estados Unidos entraram num processo de incumprimento da sua dívida. E ao perder o monopólio da medida do risco, a Wall Street e a City vão assim perder a sua aptidão para fazer ou desfazer fortunas. Fontes: CNBC, 02/06/2011 ; YahooNews, 10/06/2011

O original encontra-se em www.leap2020.eu/
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/

Explosões em Oslo

oslo Explosão estilhaçou a maioria das janelas do prédio de 17 andares onde fica o gabinete do premiê Jens Stoltenberg



O primeiro ministro da Noruega, – Jens Stoltenberg –, autorizou a divulgação de carta na qual o grupo terrorista Ansar al-Jihad al-Alami assumiu a responsabilidade pela explosão, no centro da capital Oslo, de uma bomba no prédio onde estão os escritórios do chefe de governo, o ministério do Petróleo e a redação do jornal “VG”.


Quanto à motivação, o grupo terrorista fala em represália pela presença de tropas da Noruega no Afeganistão (sob coordenação da OTAN-NATO), vista como insulto ao profeta Maomé.


A explosão provocou a morte de duas pessoas e ferimentos em cerca de 15 cidadãos noruegueses. Algumas agências falam em sete mortos, uma vez que alguns feridos não resistiram.


Como depois da explosão houve disparos de metralhadora durante a marcha do partido trabalhista liderado pelo primeiro ministro Jeans Stolnberg, a polícia investiga uma eventual correlação entre a explosão e os disparos. A marcha dos trabalhistas foi na ilha de Utoya, distante cerca de 30 km de Oslo. O autor dos disparos foi preso e quatro pessoas morreram metralhadas.


As autoridades ainda não falam de atentado e nem se a explosão foi reivindicada, mas a imprensa afirma que o alvo seria o premiê Jens Stoltenberg. Em entrevista, ele classificou o fato como grave. "Apesar de estarmos bem preparados, sempre é muito dramático quando acontece", declarou o chefe de governo falando por telefone com a cadeia TV2 Nyhetskanalen.



O ministro de governo Hans Kristian Amundsen disse à BBC que ainda havia feridos sobre os destroços e não quis apontar possíveis causas do ataque. "É impossível para nós especular em qualquer direção. Temos que focar nas operações de resgate. Ainda há pessoas nos prédios, há pessoas nos hospitais", afirmou.



A explosão à bomba surpreendeu os noruegueses, segundo afirmou o embaixador do Brasil em Oslo, Carlos Henrique Cardim, à BBC Brasil. A Noruega é "um país de tradição pacífica, muito próspero", disse. Ainda segundo ele, "boa parte dos escritórios e ministérios estão fechados por causa das férias". Para Cardim, o número de vítimas poderia ser maior em um dia de expediente normal.



Referências: Terra e Maierovitch

Amy Winehouse é Encontrada Morta. Autodestruição ou Sacrifício?

amy-winehouse






A cantora inglesa Amy Winehouse foi encontrada morta em sua casa, em Londres, neste sábado (23), segundo a Polícia Metropolitana de Londres. Ela tinha 27 anos e um histórico de envolvimento com álcool e uso de drogas.






Um porta-voz da polícia confirmou que o corpo estava na residência da cantora no bairro de Camden e que o motivo da morte ainda não foi esclarecido.


"A polícia foi chamada pelo serviço de emergência de Londres para o endereço na Camden Square pouco depois das 16h05 de hoje [horário local], sábado, 23 de julho, seguindo relatos de que uma mulher foi achada desacordada", diz a nota divulgada pela Polícia Metropolitana de Londres.






Segundo o texto, a cantora foi declarada morta ainda no local. "As investigações sobre as circunstâncias da morte continuam. Neste estágio inicial, ela está sendo tratada como não esclarecida."




Em novo pronunciamento da Polícia Metropolitana, por volta das 17h (Brasília) deste sábado, um porta-voz reforçou que ainda não foi feito nenhum exame no corpo de Amy e que é cedo para especular sobre a relação entre a morte e uso de drogas.




Antes, o site especializado em celebridades TMZ divulgou que uma necrópsia no corpo da cantora será realizada neste domingo. A publicação diz ainda que o pai da cantora, que estava em Nova York, está retornando a Londres.



O produtor da rede de televisão MTV Danny Panthaki afirmou, neste domingo, que a cantora britânica Amy Winehouse morreu de overdose de ecstasy.




"O namorado de uma amiga é um policial, e foi ele quem encontrou Amy Winehouse morta. Foi uma overdose de ecstasy", disse Panthaki em entrevista ao jornal britânico Sunday Mirror.


Amigos da cantora afirmaram aos tablóides que ela participou de muitas festas nos últimos dias, regadas a drogas e álcool.




"Amy passou os últimos sete dias em uma farra enorme, e as pessoas estavam dizendo que ela iria beber até a morte", disse um amigo.




Amy Winehouse tinha vários shows fechados por vários países europeus durante o verão, mas a cantora não deu conta e passou muita vergonha já na primeira apresentação, realizada no mês passado na Sérvia. Fora do controle novamente, ela havia cancelado a agenda e foi parar numa clínica de reabilitação.




Três semanas após mais um duro tratamento, Winehouse estava de volta. Ao lado de um amigo, ela foi vista pelas ruas de Londres como se nada estivesse acontecido. Aparentemente, a artista estava saudável e até menos magra… até sábado.



Muitos se perguntariam o que autodestruição ou sacrifício teria a ver com isso. Por não estarem atentos de como essa indústria funciona, muitos não notam que certas acontecimentos e mortes ocorrem de forma muito estranha, e as vezes chega a ser bem ritualístico ou simbólico.




Muito ainda tem que ser pesquisado sobre o caso, mas como mostrado nesse artigo aqui, o que Amy vinha apresentando a muito tempo pode-se ligar com a autodestruição que essas marionetes da mídia apresentam em certo momento da vida. O que poderia nisso ser considerado como sacrifício? Muitos falariam a idade dela, como muitos outros artistas morreram, mas isso é um caso a se duvidar, pois o que mais apontaria seria a própria data.




Para os que precisam de algum indicio que os faça pensar sobre isso, em 2008, o artista plástico Marco Perego fez uma estatua da cantora morta, que se chama “O único rock star bom é o rock star morto” mas o intrigante para quem está notando e entendendo as simbologias, é a mascara de Minnie Mouse ao lado dela, algum tipo de programação?

Amy Morta


Pouco pode ser falado sobre isso no momento para que não se cometa banalização com um assunto que possa conter informações bem sérias

Vida de blogueiro é dureza!


Por Renato Vargens

Fonte: Pulpito Cristão.

Blogueiro geralmente é um cara incompreendido. Blogueiro cristão então, nem se fala!

Se escreve textos apologéticos, está julgando os irmãos; se não o faz, está sendo omisso.

Se escreve longos artigos, está sendo prolixo demais; se os textos são curtos, é por falta de conteúdo.

Se posta vídeos é porque não tem o que escrever; se não o faz é porque escreve demais
.
Se usa termos teológicos é soberbo; se não o faz é teologicamente despreparado.

Se denuncia um falso profeta, comete ad hominem; se não o faz, revela-se omisso.

Quando se defende, é malcriado. Quando não o faz, é um fraco.

Ao criticar um comportamento ou uma doutrina espúria é taxado de fariseu; se não o faz é porque ama o liberalismo.

Se posta textos devocionais, é fraco teologicamente; se não o faz, é porque a alma foi empedernida pela teologia.

Se escreve sobre música, arte e cultura, é porque está se desviando; se não o faz, é porque não possui uma cosmovisão saudável.

Dificil de entender, não é verdade?

domingo, 17 de julho de 2011

Arrebatamento Secreto: Um Mito Medieval


A espera do arrebatamento
“Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado outro. Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor”. Mateus 24:40-42

Este texto (Mateus 24:40-42) é utilizado para crer-se que os santos serão raptados secretamente antes da volta de Jesus.
Esta teoria firmada neste texto isolado é um mito medieval criado pelos adeptos da Contra Reforma. Este ensino empana o magestoso brilho da ressurreição bíblica. Em Mateus 24 Jesus apresenta a maior profecia de Sua vinda. E no contexto (Mateus 24:48-51) evidencia-se o ensino claro de Jesus: Estar alerta, porque ao retornar o Senhor, um será “tomado”, outro será “deixado”.

Em Sodoma e Gomorra apenas três pessoas foram “levadas”, isto é: escaparam da destruição. No dilúvio, oito se salvaram. Na destruição de Jerusalém, quem estava alerta (Mateus 24:15-20), fugiu e se salvou. Nenhuma daquelas pessoas foi arrebatada. Arrebatados na Bíblia só houve Enoque e Elias, e o arrebatamento não foi secreto. A Bíblia é clara ao apresentar a doutrina da ressurreição:
I Coríntios 15:51-54 “Eis aqui vos digo um grande mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados. Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória”.
1 Tessalonicenses 4:13-18 Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os demais, que não tem esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com Ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela Palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido e com a voz de Arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com Ele nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”.
Na primeira ressurreição, participarão todos os justos mortos de todas as épocas (1 Tessalonicenses 4:16). Com os justos vivos, são todos arrebatados (I Tessalonicenses 4:17). Mil anos mais tarde ocorre a segunda ressurreição, que é a dos ímpios (Apocalipse 20:5).
OBSERVAÇÃO – Um pouco antes da volta de Jesus, ocorre uma ressurreição parcial, menor, segundo Daniel 12:2. Nesta ressurreição parcial, ressuscitarão para contemplar o Senhor os que recusaram, traspassaram, crucificaram, zombaram e escarneceram da agonia de Cristo (Apocalipse 1:7). Estas pessoas morrerão três vezes. Primeira: A morte natural. Segunda: Após esta ressurreição especial, depois que tiverem contemplado o Senhor Jesus, voltarão a morrer. Terceira: Após o milênio ressuscitam para serem exterminados com todos os rebeldes. Percebe como é linda e clara a doutrina da ressurreição? Ouça isso:
1 Coríntios 15:20“Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito as primícias dos que dormem.”
A ressurreição de Moisés, do filho da viúva de Naim, da filha de Jairo e Lázaro, dependiam da ressurreição de Jesus. Isto foi possível porque Cristo ressuscitaria. Cristo ficou como fiador destas ressurreições. Por isso Jesus é a primícia. Houvesse arrebatamento secreto, haveria necessidade da ressurreição? Releia este texto esclarecedor:
Apocalipse 1:7“Eis que vem com as nuvens, e TODO o olho o verá, até quantos o traspassaram…”
ATENÇÃO
Quando é dia aqui no Brasil é noite no Japão. Mas, não duvide – TODO olho verá Jesus voltando. Deus esticará a Terra se preciso for . E mais, os que assassinaram a Jesus não possuiam fé, logo, não é o olho da fé. Todos os seres humanos, um dia verão a Deus. Na volta de Jesus, uns serão “levados”, outros serão “deixados”.

O RETORNO DE CRISTO SERÁ:

Audível (I Tessalonicenses 4:16)
Glorioso (Mateus 16:27; Apocalipse 19:11-16).
Súbito e inesperado (Mateus 24:38-39).
Depois de tudo que Jesus passou por amor a nós; vilipendiado, massacrado, zombado, esbofeteado, ridicularizado, não é melhor que ao invés de voltar à nossa Terra de forma secreta, chegasse Ele triunfalmente ao som de todas as trombetas, diante dos olhos de todos os mortais?
Claro que sim! Não é?

Razões para se Abandonar a Crença no Arrebatamento Secreto


Muitos sinceros cristãos crêem que a Segunda Vinda de Cristo ocorrerá em duas fases distintas. A primeira fase é conhecida como “o arrebatamento secreto” da Igreja e pode ocorrer a qualquer momento. Nessa ocasião, Cristo desce apenas para as proximidades da Terra para ressuscitar os santos adormecidos e para transformar e glorificar os crentes vivos. Ambos os grupos são então arrebatados, ou seja, levados secreta, súbita e invisivelmente, para encontrar no ar o Senhor que desce. Esse corpo de crentes, chamado de “Igreja”, então subirá para o céu para celebrar com Cristo por sete anos as bodas do Cordeiro, enquanto os judeus e os gentios não-convertidos permanecerão sobre a Terra para sofrerem os sete anos finais de tribulação.

Ao final desse período de sete anos, a segunda fase da Vinda de Cristo, geralmente o Retorno ou Revelação, terá lugar. Cristo então vem em glória com os santos até a Terra para destruir Seus inimigos na Batalha do Armagedom, e para estabelecer o Seu trono em Jerusalém e iniciar seu reino milenial terrestre.


Quanto tempo se espera que levará para o desaparecimento maciço dos verdadeiros cristãos de todas as nações? Muitos acreditam que esse evento está iminente porque sua principal pré-condição, ou seja, o restabelecimento do Estado de Israel e a posse da antiga Jerusalém, já tiveram lugar. Essa crença é expressa em adesivos de automóveis como o que declara: “Se o motorista desaparecer, agarre o volante”, ou “Em caso de arrebatamento este carro ficará desgovernado”.

Segundo os cálculos iniciais de Hal Lindsey, esse arrebatamento secreto da Igreja já passou do prazo [1]. Em 1970 ele predisse que “em quarenta anos desde 1948 [ano da formação do Estado de Israel], ou por volta disso, tudo isso poderia ter lugar [2] . Lindsey calcula os “quarenta anos” da duração bíblica de uma geração e alega, com base na parábola da Figueira (Mateus 24:32-33) que a formação do Estado de Israel em 1948 assinala o início da última “geração” (Mateus 24:34) que verá primeiramente o arrebatamento, daí os sete anos de tribulação, e finalmente o Retorno de Cristo em glória. Sendo que o arrebatamento, de acordo com Lindsey e a maioria dos dispensacionalistas, ocorre sete anos (Daniel 9:27) antes do Retorno visível de Cristo em glória, já deveria ter ocorrido em 1981 ou 1982. O que isso significa é que o tempo já se esgotou para essas predições sensacionais, porém sem sentido.
A ASCENÇÃO, EXPANSÃO E DECLÍNIO DO PRÉ-TRIBULACIONISMO
Origem do Pré-Tribulacionismo. A crença de que a Igreja será arrebatada súbita e secretamente antes da grande e final tribulação é conhecida como pré-tribulacionismo. Sua origem é em geral identificada por volta dos anos da década iniciada em 1830. John N. Darby, pregador anglicano que se tornou fundador dos Irmãos de Plymouth, é considerado o expositor e promotor mais influente do arrebatamento pré-tribulacionista. Por suas seis visitas à América e extensa campanha de literatura do pré-tribulacionismo dos Irmãos de Plymouth, as idéias pré-tribulacionistas espalharam-se rapidamente.
O período de expansão máxima e predomínio do pré-tribulacionismo foi a primeira metade do século vinte. Homens como Arno C. Gaebelein, C. I. Scofield, James M. Gray do Instituto Bíblico Moody, Reuben A. Torrey, do Instituto Bíblico de Los Angeles, Harry A. Ironside, da Igreja Memorial Moody, e Lewis Sperry Chafer da Faculdade Teológica Evangélica (atual Seminário Teológico de Dallas) desempenharam um importante papel na popularização do arrebatamento pré-tribulacionista. [3] O fator único mais importante foi a ampla circulação da Bíblia de Scofield, editada em 1909 e revisada em 1917, que inculcava tal ensino entre as massas como o único ponto de vista bíblico correto.
Ressurgimento do Pós-Tribulacionismo. Desde 1950 mais e mais eruditos evangélicos vêm abandonando o pré-tribulacionismo e retornando ao pós-tribulacionismo histórico que sustenta que a Igreja passará pela grande tribulação, ao final da qual Cristo virá para ressuscitar os santos adormecidos e salvar os crentes vivos.

Crédito para o ressurgimento do pós-tribulacionismo deve ser dado primeiro de tudo à influência de George E. Ladd, Professor de Novo Testamento do Seminário Teológico Fuller. Alguns de seus importantes livros sobre este assunto são Crucial Questions About the Kingdom of God [Questões Cruciais Sobre o Reino de Deus] (1952), The Blessed Hope [A Bem-aventurada Esperança] (1956) e The Last Things [As Últimas Coisas] (1978). Sua respeitada erudição associada a sua dedicação aos princípios evangélicos têm levado muitos eruditos evangélicos a repensarem suas posições pré-tribulacionistas.

A influência de Ladd pode ser vista nos seguintes significativos estudos produzidos por eruditos que acataram o pós-tribulacionismo e têm escrito em sua defesa: The Greatness of the Kingdom [A Grandeza do Reino] (1959), de Alva J. McClain, presidente do Seminário Teológico da Graça, em Winona Lake, Indiana; The Imminent Appearing of Christ [O Iminente Aparecimento de Cristo] (1962), de J. Barton Payne, Professor de Velho Testamento na Faculdade Evangélica Trinity; e The Church and the Tribulation [A Igreja da Tribulação] (1973), de Robert H. Gundry, Professor de Estudos Religiosos na Faculdade Westmont, California. [4]

Tais estudos têm influenciado numerosos eruditos dentro de instituições tradicionalmente pré-tribulacionistas a retornarem ao pós-tribulacionismo histórico. A Igreja Evangélica Livre da América, por exemplo, que no passado era defensora do arrebatamento pré-tribulacionista, permitiu que professores da Escola Evangélica de Divindade Trinity desafiassem o pré-tribulacionismo em sua conferência ministerial anual em janeiro de 1981. Os desafios e respostas, publicadas em 1984 como um simpósio intitulado “O Arrebatamento: Pré- Mid- ou Pós-Tribulacionistas” oferece um debate bastante erudito sobre as questões relativas ao Arrebatamento.

Um Pressuposto Equivocado. Mesmo uma leitura superficial da literatura pré-tribulacionista é suficiente para deixar uma pessoa ciente do fato de que a crença no arrebatamento secreto repousa muito mais sobre pressuposições subjetivas do que no ensinamento bíblico. O pressuposto principal é o de que Deus tem um plano diferente para a Igreja em relação com Israel. Conseqüentemente, presume-se que a Igreja deve ser removida da Terra antes que Deus possa tratar com os judeus levando-os à conversão em larga escala mediante a experiência da grande tribulação.

John F. Walvoord, destacado campeão do arrebatamento secreto, reconhece explicitamente a importância desse pressuposto ao escrever: “A questão do arrebatamento é determinado mais por eclesiologia do que por escatologia”. Em outras palavras, mais pelo entendimento que se tem sobre a relação entre a Igreja e Israel do que por ensinos bíblicos concernentes ao fim [5]. C. C. Ryrie, outro pré-tribulacionista destacado, expressa a mesma convicção, declarando: “A distinção entre Israel e a Igreja leva à crença de que a Igreja será tomada da Terra antes do início da tribulação (o que, num sentido mais amplo, diz respeito a Israel)”.[6]

Hal Lindsey vai ao ponto de tornar a distinção entre Israel e a Igreja sua “principal razão” para crer que “o Arrebatamento ocorre antes da Tribulação” [7]. Alega que “se o Arrebatamento tivesse lugar ao mesmo tempo da segunda vinda, não haveria mortais deixados que fossem crentes; portanto, não haveria ninguém para ir para o reino e repovoar a Terra” [8]. Ou seja, uma vez que Lindsey presume que o Reino messiânico predito pelos profetas do Velho Testamento será estabelecido por Cristo por ocasião de Seu Segundo Advento como um reino terrestre que consiste predominantemente de judeus mortais e crentes, então a necessidade do arrebatamento da Igreja deve ocorrer antes. Como pode Cristo vir estabelecer um Reino milenial judaico sobre a Terra se todos os crentes estão arrebatados desta Terra por ocasião de Sua Vinda?

O Segundo Advento Dividido em Duas Fases.

 Para solucionar este dilema, os dispensacionalistas dividem o Segundo Advento em duas fases: Primeiro uma vinda invisível para arrebatar secretamente a Igreja, e, segundo, uma vinda visível sete anos mais tarde para destruir os ímpios e estabelecer o Reino Judaico milenial.

 O raciocínio por detrás desse arranjo pode parecer correto, mas está errado em vista de fundamentar-se sobre o incorreto pressuposto de que há uma distinção radical entre o plano de Deus para Israel e para a Igreja.

Não há base bíblica para uma distinção radical entre Israel e a Igreja.

O Novo Testamento não retrata o futuro de Israel como um reino político milenial separado na Palestina, mas como um de bênçãos duradouras compartilhado com todos os remidos de todas as eras numa nova Terra restaurada.

Desafortunadamente, é esse pressuposto equivocado que determina a interpretação de textos bíblicos aduzidos em apoio ao arrebatamento. Argumenta-se, por exemplo, que um certo texto não pode referir-se à Igreja porque descreve a grande tribulação, que se supõe aplicar-se apenas a Israel. Esse tipo de raciocínio circular, com base num pressuposto gratuito, não é o método correto de interpretar textos bíblicos. As conclusões devem ser extraídas de exegese cuidadosa, não de pressupostos preconcebidos.
QUATRO RAZÕES PARA REJEITAR O ARREBATAMENTO SECRETO
Um cuidadoso estudo de textos bíblicos relevantes quanto ao Retorno de Cristo sugere pelo menos quatro razões principais para rejeitar o ponto de vista de uma Segunda Vinda de Cristo em dois estágios.

O Vocabulário do Segundo Advento. A primeira razão para rejeitar um arrebatamento secreto que antecede à tribulação é o fato de que o vocabulário do Segundo Advento não oferece respaldo para tal ponto de vista. Nenhuma das três palavras gregas usadas no Novo Testamento para descrever o Retorno de Cristo, ou seja, parousia-vinda, apokalypsis-revelação, e epiphaneia-aparecimento, sugere um arrebatamento secreto pré-tribulacional como objeto da esperança cristã no Advento.

Os pré-tribulacionistas alegam que a palavra parousia-vinda é usada por Paulo em 1 Tessalonicenses 4:15 para descrever o arrebatamento secreto. Mas em 1 Tessalonicenses 3:13 Paulo emprega a mesma palavra para descrever “a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os Seus santos”-uma descrição, segundo os pré-tribulacionistas, da segunda fase do Retorno de Cristo. Novamente, em 2 Tessalonicenses 2:8, Paulo emprega o termo parousia-vinda em referência à Vinda de Cristo que causará a destruição do anticristo-um evento que, de acordo com os pré-tribulacionistas, supostamente ocorrerá na segunda fase da Vinda de Cristo.

Semelhantemente, as palavras apokalypsis-revelação e epiphaneia-aparecimento, são utilizadas para descrever tanto o que os pré-tribulacionistas chamam de arrebatamento (1 Coríntios 1:7; 1 Timóteo 6:14) e o que chamam de Retorno, ou segunda fase da Vinda de Cristo (2 Tessalonicenses 1:7-8, 2:8). Destarte, o vocabulário da Bendita Esperança não propicia base alguma para uma distinção do Retorno de Cristo em duas fases, uma vez que seus termos originais são empregados intercambiavelmente para descrever o mesmo evento. Mais importante ainda é o fato de que cada um desses três termos é claramente empregado para descrever o Retorno de Cristo pós-tribulacional, o que é visto como objeto da esperança do crente.

A parousia, por exemplo, é indisputavelmente pós-tribulacional em Mateus 24:27, 38, 39 e em 2 Tessalonicenses 2:8. O mesmo é verdade de apokalypsis-revelação, em 2 Tessalonicenses 1:7 e de epiphaneia-aparecimento em 2 Tessalonicenses 2:8. Portanto, o vocabulário da Bendita Esperança exclui a possibilidade de uma Vinda Secreta de Cristo para arrebatar a Igreja, seguida de uma tribulação de sete anos e da Vinda gloriosa, visível para estabelecer o Reino Judaico milenial. Os termos usados claramente apontam a um Advento de Cristo único, indivisível, pós-tribulacional para trazer salvação aos crentes e retribuição aos descrentes.

Nenhum Arrebatamento da Igreja. Uma segunda razão para rejeitar um arrebatamento pré-tribulacional secreto da Igreja é o fato de que não há qualquer indício no Novo Testamento de um arrebatamento instantâneo da Igreja. A descrição mais notória do Segundo Advento encontrada em 1 Tessalonicenses 4:15-17, sugere exatamente o oposto quando fala que o Senhor desce do céu “dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus” . . . “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares”.

O clamor, a trombeta e o grande ajuntamento dos vivos e santos ressurretos dificilmente sugeriria um evento secreto, instantâneo e invisível. Pelo contrário, como freqüentemente se tem assinalado, esta talvez seja a passagem mais barulhenta da Bíblia. A referência a um ressoar “da trombeta” e paralelamente ao texto de Mateus 24:31 e 1 Coríntios 15:52, que falam de fortes sons de trombeta, corroboram a visibilidade e natureza pública do Segundo Advento. Nenhum traço de um arrebatamento secreto pode ser encontrado em qualquer destas passagens.

Nenhuma Remoção da Igreja da Grande Tribulação. Uma terceira razão para rejeitar a noção de um arrebatamento secreto pré-tribulacional da Igreja é o fato de que tal noção não tem apoio das passagens que tratam da tribulação. Por exemplo, em seu discurso no Monte das Oliveiras, Jesus fala da “grande tribulação” que imediatamente precederá a Sua vinda e promete que “por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados” (Mateus 24:21-22, 29). Alegar que “os eleitos” são apenas os crentes judeus, e não membros da Igreja, representa ignorar que Cristo está se dirigindo a Seus apóstolos que representam não só o Israel nacional, mas a Igreja em escala ampla. Isto é confirmado pelo fato de que tanto Marcos quanto Lucas fazem referência ao mesmo discurso para a Igreja gentílica (Marcos 13; Lucas 21).

É também digna de nota a grande semelhança entre a descrição que Cristo faz do arrebatamento da Igreja em Mateus 24:30, 31 e a de Paulo em 1 Tessalonicenses 4:16, 17. Ambos os textos mencionam a descida do Senhor, a trombeta que soa, os anjos acompanhantes e a reunião do povo de Deus. Tais semelhanças sugerem que ambas as passagens descrevem o mesmo evento. Contudo, em Mateus o arrebatamento de Cristo é explicitamente situado “após a tribulação” (Mateus 24:29), ao tempo da Vinda de Cristo “com poder e grande glória” (vs. 29, 30). O paralelismo entre as duas passagens indica claramente que o arrebatamento da Igreja não precede, mas, pelo contrário, segue-se à grande tribulação.

Cristo nunca prometeu a Sua Igreja um arrebatamento pré-tribulação deste mundo. Antes, prometeu proteção em meio à tribulação. Em Sua petição ao Pai, Ele disse:
“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal” (João 17:15).
Semelhantemente à Igreja de Filadélfia, Cristo promete:
“Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a Terra” (Apocalipse 3:10)

Se a Igreja estivesse ausente desta Terra durante a hora de prova, não haveria necessidade de proteção divina.

Nenhum Arrebatamento Pré-Tibulação nas Escrituras. Por último, a noção de um arrebatamento secreto pré-tribulacional é negada por Paulo e pelo livro de Apocalipse. Em suas admoestações aos tessalonicenses, Paulo explica que os crentes terão “alívio” da tribulação desta era presente
“quando do céu se manifestar o Senhor Jesus Cristo com os anjos do Seu poder, em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus. . .” (2 Tessalonicenses 1:7-8)
Em outras palavras, os crentes experimentarão libertação dos sofrimentos desta era, não mediante um arrebatamento secreto, mas por ocasião da revelação pós-tribulacional de Cristo.
No segundo capítulo Paulo refuta as concepções errôneas que prevaleciam entre os tessalonicenses de que o dia do Senhor havia vindo. Para refutar esse equívoco ele cita dois eventos principais que deveriam dar-se antes da Vinda do Senhor, ou seja, a rebelião e o aparecimento do “homem da iniqüidade” (2 Tessalonicenses 2:3) que perseguiria o povo de Deus.

O que é crucial nesta passagem é que Paulo não faz menção de um arrebatamento pré-tribulacional como um precedente necessário para a Vinda do Senhor. Contudo, este seria o argumento mais forte que Paulo poderia apresentar para provar aos tessalonicenses que o dia do Senhor não poderia possivelmente ter vindo, uma vez que o seu arrebatamento para fora deste mundo ainda não tivera lugar. A omissão de Paulo desse argumento vital sugere fortemente que Paulo não cria num arrebatamento pré-tribulacional da Igreja.

Esta conclusão também é apoiada pela menção por Paulo do aparecimento do anticristo-um evento indicutivelmente tribulacional que os crentes verão antes da vinda do Senhor. Se Paulo esperasse que a Igreja fosse arrebatada deste mundo antes da tribulação causada pelo aparecimento do anticristo, ele dificilmente teria ensinado que os crentes veriam tal evento antes da vinda do Senhor. Que interesse os tessalonicenses teriam no aparecimento do anticristo, juntamente com a tribulação que o acompanharia, se devessem ser arrebatados para longe desta Terra antes de esses eventos terem lugar? Assim, tanto por sua omissão quanto por sua afirmação, Paulo nega o ponto de vista de um arrebatamento pré-tribulacional da Igreja.

Nenhum Arrebatamento Pré-Tribulacional no Apocalipse. O livro de Apocalipse trata em maiores detalhes do que qualquer outro livro do Novo Testamento dos eventos associados com a grande tribulação, tais como o soar das sete trombetas, o aparecimento da besta que inflige uma terrível perseguição sobre os santos de Deus, e o derramamento das sete últimas pragas (Apocalipse 8 a 16). Conquanto João descreva em grande detalhe os eventos tribulacionais, ele nunca menciona ou sugere um Advento de Cristo secreto e pré-tribulacional para levar embora a Igreja. Isto surpreende muito, em vista de que o expresso propósito de João é instruir as Igrejas com respeito aos eventos finais.
João explicitamente menciona uma incontável multidão de crentes que passarão pela grande tribulação.
“São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 7:14)
Os pré-tribulacionistas argumentam que esses crentes são somente da raça judaica, supostamente em vista de que a Igreja em Apocalipse 4 a 19 não mais está sobre a Terra, mas no céu. Tal raciocínio perde o seu crédito, primeiramente pelo fato de que em parte alguma João diferencia entre os santos na tribulação que sejam judeus ou gentios.

João explicitamente declara que os crentes vitoriosos da tribulação vêm de
“toda nação, tribo, língua e povo” (Apocalipse 7:9)
Esta frase ocorre repetidamente no Apocalipse para designar não exclusivamente os judeus, mas inclusivamente todo membro da família humana (Apocalipse 5:9; 10:11; 13:7; 14:6). O Cordeiro, por exemplo, é louvado pelos 24 anciãos por ter resgatado homens
“de toda tribo e língua e povo e nação” (Apocalipse 5:9)
Obviamente, Cristo não resgatou somente judeus, mas pessoas de todas as raças.
Êxtase de João, Não Arrebatamento da Igreja. O argumento de que a Igreja em Apocalipse 4 a 19 está no céu baseia-se num falso pressuposto de que a ordem a João,
“Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas cousas” (Apocalipse 4:1)
refere-se supostamente ao arrebatamento da Igreja no céu. Esta é uma interpretação sem fundamento, porque o texto não fala do arrebatamento da Igreja, mas da experiência visionária extática de João. Até mesmo John F. Walvoord, destacado pré-tribulacionista, reconhece abertamente que “não há autoridade para ligar o arrebatamento com esta expressão”. [9]

As semelhanças entre as admoestações dadas nas cartas às sete Igrejas e as que são dadas aos santos que enfrentam a tribulação sugerem que os dois são essencialmente o mesmo povo. Por exemplo, quatro vezes nas sete cartas a necessidade para “suportar” é realçada (Apocalipse 2:2, 3, 19; 3:10), e se espera a mesma qualidade dos santos que passam pela tribulação (Apocalipse 13:10; 14:12). Semelhantemente, a necessidade de “vencer”, expressa sete vezes nas cartas às Igrejas (Apocalipse 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21), é o próprio atributo dos santos na tribulação
“que venceram a besta e sua imagem” (Apocalipse 15:2)
Dificilmente se conceberia que João tencionava atribuir as mesmas características a dois grupos diferentes de pessoas.
A Igreja Sofre a Tribulação, Mas Não a Ira Divina. Em Apocalipse 22:16 Jesus reivindica ter enviado o Seu anjo a João “para testificar estas cousas à Igreja”. É difícil ver como as mensagens dadas pelo anjo a João poderiam ser um testemunho para as Igrejas, se a Igreja não está diretamente envolvida na maior parte dos eventos descritos no livro (Apocalipse 4 a 19).

O ponto básico da questão é que a Igreja em Apocalipse sofrerá perseguição por poderes satânicos durante a tribulação final, mas não sofrerá a ira divina. A ira divina, que é retratada pelas sete pragas apocalípticas, não é derramada indiscriminadamente sobre todos, mas seletivamente sobre aqueles que são “portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem” (Apocalipse 16:2; cf. 14:9-10).
Tal como os antigos israelitas desfrutaram da proteção de Deus durante as dez pragas (Êxodo 11:7), assim o povo de Deus será protegido quando Sua ira divina cair sobre os ímpios. Essa divina proteção é representada em Apocalipse por um anjo que sela os servos de Deus em suas testas (Apocalipse 7:3) de modo a que sejam poupados quando a ira de Deus sobrevir sobre os impenitentes (Apocalipse 9:4). Por fim, o povo de Deus será resgatado pelo glorioso Retorno de Cristo (Apocalipse 16:15; 19:11-21). Destarte, a Revelação não retrata um arrebatamento pré-tribulacional da Igreja, mas um Retorno pós-tribulacional de Cristo.

Conclusão. À luz das razões acima discutidas, concluímos que o ensino popular de uma Vinda Secreta de Cristo para arrebatar a Igreja antes da tribulação final é um sinal errado do Tempo do fim destituído de qualquer respaldo bíblico. Tal crença torna a Deus culpado de chocante discriminação, por dar tratamento preferencial à Igreja que é removida da Terra antes da tribulação final reservada aos judeus. As Escrituras ensinam que a Segunda Vinda de Cristo é um evento único que ocorre após a grande tribulação e será experimentada pelos crentes de todas as eras e de todas as raças. Esta é a Bendita Esperança que une
“toda nação, e tribo, e língua e povo” (Apocalipse 14:6)
Referências:
1. Hal Lindsey, The Rapture: Truth or Consequences (New York, 1983), p. 24.
2. Hal Lindsey, The Late Great Planet Earth (Grand Rapids, 1970), p. 54.
3. Para uma pesquisa breve, mas informativa, do desenvolvimento do pré-tribulacionismo, ver Richard R. Reiter, “A History of the Development of the Rapture Position,” The Rapture. Pre-, Mid-, or Post-Tribulational Symposium (Grand Rapids, 1984), pp. 24-34.
4. Ver também Norman F. Douty, Has Christ’s Return Two Stages? (New York, 1956); Alexander Reese, The Approaching Advent of Christ (Grand Rapids, 1975).
5. John F. Walvoord, The Rapture Question (Grand Rapids, 1957), p. 50.
6. C. C. Ryrie, Dispensationalism Today ( Chicago, Moody Press, 1965), p. 159.
7. Hal Lindsey, The Late Great Planet Earth (Grand Rapids, 1970), p. 143.
8. Ibid.
9. John F. Walvoord, The Revelation of Jesus Christ (Chicago, 1966), p. 103.
Adendo: O Conceito de Israel no Novo Testamento
O material abaixo foi extraído de outro artigo do Dr. Bacchiocchi mais completo e profundo sobre a campanha do “Left Behind”. Trata em maior detalhe sobre um importante aspecto nessa discussão, o papel de Israel nas profecias. Contudo, eis algumas reflexões sobre esta questão do papel de Israel nas profecias:
Avaliação do Ponto de Vista dos “Dois Povos”. É o conceito de uma distinção radical entre o plano de Deus para Israel e para a Igreja um ensino bíblico válido ou um pressuposto infundado? Acaso o ponto de vista neotestamentário para a Igreja é o de um povo diferente e separado do povo do “Israel natural”? A resposta é abundantemente clara. O Novo Testamento considera a Igreja, não como uma “intercalação” temporária, mas como continuação do verdadeiro Israel de Deus. Para verificar esta última posição, breve alusão será feita a algumas sigificativas declarações de Cristo, Pedro e Paulo.
O Ajuntamento do Verdadeiro Israel por Cristo. Ao chamar e ordenar doze discípulos como Seus apóstolos, Cristo manifestou a intenção de reunir o remanescente messiânico das doze tribos de Israel num novo organismo, chamado a Igreja (Mateus 16:18-19). Este não é um organismo independente designado a repor Israel temporariamente mas um rebanho que reúne tanto as “ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10:6; cf. 15:24; Atos 1:8) como as ovelhas perdidas do mundo gentílico.
Referindo-se à profecia de Isaías com respeito à reunião dos gentios, Cristo anunciou:
“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a Mim Me convém conduzi-las; elas ouvirão a Minha voz; então haverá um rebanho e um pastor” (João 10:16; cf. Isaías 56:6-8).
Como pastor messiânico, Cristo veio reunir o remanescente de Israel e gentios, não em dois rebanhos separados, mas num só rebanho.
Quando elogiando a fé do centurião, Jesus disse:
“Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas”. (Mateus 8:11-12)
É digno de nota que Cristo não promete o Reino de Deus a uma futura geração de judeus, como alguns dispensacionalistas mantêm, mas a crentes de todas as nações, “do Oriente e do Ocidente”.
Uma Realidade Presente. O reino messiânico prometido no Velho Testamento é visto por Cristo não como um evento futuro envolvendo a restauração territorial e política de Israel, mas como uma realidade presente que raiou mediante Seu ministério vitorioso sobre o pecado, Satanás e a morte.
“Se, porém, Eu expulso demônios, pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino de Deus sobre vós” (Mateus 12:28)
O reino de Cristo é composto, não por dois povos separados, Israel e a Igreja, mas por um povo, o “Novo Israel”, consistindo de judeus e gentios crentes.
Aos discípulos Jesus declarou:
“Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai Se agradou em dar-vos o Seu reino” (Lucas 12:32)
Notem que o prometido Reino messiânico é dado não a uma futura geração de judeus (Mateus 11:29; 13:38; 8:11-12). F. F. Bruce comenta adequadamente: “O chamado de Jesus por discípulos para estarem junto a Si a fim de formarem o ‘pequenino rebanho’ que receberia o Reino (Lucas 12:32; cf. Dan 7:22, 27) O assinala com o fundador do Novo Israel”.
Os profetas falam de Israel como rebanho ou ovelha de Deus (Isaías 40:11; Jeremias 31:10; Ezequiel 34:12-14). Ao chamar Seus discípulos de “pequenino rebanho” ao qual Deus estava dando o Reino, está inegavelmente identificando Seus discípulos quanto ao verdadeiro remanescente de Israel. Ademais, ao comissionar Seus apóstolos para “fazer discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19), Cristo revelou que a missão profética do Israel nacional (Isaías 49:6; 60:3) estava sendo cumprida por Seu rebanho messiânico, a Igreja, que consiste de discípulos procedentes de todas as nações. Israel prossegue existindo, não à parte da Igreja, mas como parte dela.

A Descrição do Novo Israel por Pedro. Pedro, à semelhança de Cristo, via a Igreja como cumprimento das promessas feitas ao antigo Israel. No dia de Pentecoste, Pedro declarou que a profecia de Joel concernente à restauração messiânica de Israel (Joel 2:28-32) se estava cumprindo através do derramamento do Espírito Santo sobre a Igreja (Atos 2:16-21).
Para Pedro, a Igreja não é uma entidade não-predita no Velho Testamento, nem uma interrupção temporária do plano divino para Israel; antes, é o cumprimento do remanescente escatológico de Israel. Se o início da Igreja é visto por Pedro como cumprimento de uma profecia concernente a Israel, temos razões em crer que os eventos finais da Igreja devem também representar o cumprimento de certas profecias do Velho Testamento relativas a Israel.

A Igreja é o Novo Israel. É digno de nota que Pedro aplica à Igreja aqueles títulos do Velho Testamento que designam a Israel:
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes Daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz, vós, sim, que antes não éreis povo, mas agora sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia” (1 Ped. 2:9-10)
Esta descrição da Igreja é uma combinação de três passagens veterotestamentárias (Êxodo 19:6; Isaías 43:20-21; Oséias 1:6, 9; 2:1) que caracterizam o povo de Deus. Pedro reúne a visão de Israel do Velho Testamento e proclama seu cumprimento na Igreja. Em palavras bastante claras, Pedro demonstra que a “raça escolhida” não é mais exclusivamente os judeus étnicos, mas tanto crentes judeus quanto gentios. A Igreja é o novo Israel que cumpre as promessas feitas ao Israel do Velho Testamento.
A Visão de Paulo do “Israel de Deus”. À semelhança de Cristo e Pedro, Paulo também via a Igreja como o verdadeiro Israel. Falando aos judeus reunidos na sinagoga em Antioquia da Pisídia, Paulo afirmou:
“Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus” (Atos 13:32-33)
Neste discurso Paulo explica que as promessas de Deus aos pais foram cumpridas na ressurreição de Cristo. O cumprimento não resulta no estabelecimento de um reino judaico durante o milênio, mas no “perdão dos pecados” concedido mediante Cristo a “todo o que crer” (Atos 13:38-39). As promessas feitas a Israel são, portanto, cumpridas na Igreja do Novo Testamento, não mediante uma restauração política dos judeus étnicos, mas através de uma redenção espiritual de todos os crentes.
Na epístola aos gálatas Paulo emprega a frase “o Israel de Deus” inclusive tanto de judeus quanto de gentios:
“Nem a circuncisão é cousa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura. E a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus” (Gálatas 6:15-16)
Alguns dispensacionalistas mantêm que a frase “o Israel de Deus” refere-se exclusivamente aos judeus crentes. Eles traduzem a palavra grega kai como “e”, significando “adicionalmente a”. Destarte, “o Israel de Deus” refere-se exclusivamente aos cristãos judeus que Paulo supostamente distingue da igreja como um todo, porque deixaram o legalismo para seguirem a regra de Cristo.
Unidade de Judeus e Gentios. Esta interpretação, contudo, ignora tanto o contexto imediato de Gálatas quanto a ênfase teológica mais ampla. O contexto imediato fala de “quantos andarem de conformidade com esta regra” e deve incluir os crentes judeus e gentios, uma vez que é dito que tanto a circuncisão quanto a incircuncisão nada representam. Assim, o “Israel de Deus” é uma descrição adicional de ambos os grupos que andam “de conformidade com esta regra”. O contexto mais amplo realça a unidade que ambos os grupos compartilham em Cristo:
“Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a promessa” (Gálatas 3:28-29)
À luz do contexto imediato e mais amplo, o “Israel de Deus” não pode ser um grupo distinto de judeus crentes, à parte dos gentios crentes. Alegar assim representa destruir a própria unidade que Paulo se empenha em estabelecer. Antes, a frase “Israel de Deus” foi empregada por Paulo como uma maneira explicativa para qualificar adicionalmente “quantos andarem em conformidade com esta regra”. Ou seja, pessoas crentes judeus e gentios.
A Integração dos Gentios no Israel, por Paulo. Paulo ensina repetidamente a integração de gentios em Israel como herdeiros das promessas de Deus. Em Efésios claramente explica que os gentios que outrora estavam “sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa” (Efésios 2:12), não mais são “estranhos às alianças da promessa . . . mas . . . não mais estrangeiros e peregrinos, mesmo concidadãos dos santos”, membros da “família de Deus” (Efésios 2:19).
Essa integração de gentios à “comunidade de Israel” e “às alianças da promessa” tiveram lugar mediante Jesus Cristo que uniu tanto os judeus quanto os gentios
“para que dos dois criasse em si mesmo um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade” (Efésios 2:15-16)
O pensamento de um propósito separado para crentes judeus na presente era ou num futuro milênio é aqui totalmente excluído por Paulo. De fato, tal pensamento destruiria a própria unidade de judeus e gentios que Cristo realizou. Paulo explica aos efésios que foi pela revelação de Deus que se tornou conhecida a ele este “mistério” de como “os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho” (Efésios 3:5-6). Três vezes Paulo ressalta aqui que os gentios compartilham com Israel a promessa da aliança. Qualquer sistema teológico que divida o que Deus ajuntou está operando contra o propósito divino.

A Imagem Paulina da Oliveira. Em Romanos 9-11 Paulo descreve a integração de gentios em Israel utilizando a imagem efetiva do enxerto de ramos bravos de oliveira (gentios) à única oliveira do Israel de Deus (Romanos 11:17-24). Observem que para Paulo a salvação dos gentios não resulta no brotar de uma nova oliveira, mas em enxertar os gentios na mesma oliveira.

A árvore de Israel não é arrancada por causa de descrença, mas é podada, ou seja, reestruturada mediante o enxerto de ramos gentios. A Igreja vive da raiz e tronco do Israel do Velho Testamento (Romanos 11:17-18). Por meio dessa expressiva imagem, Paulo descreve a unidade e continuidade que existe no plano redentor de Deus para Israel e a Igreja.
Interrelação Entre Israel e a Igreja. Os dispensacionalistas apelam a Romanos 11:25-26 para argumentar em favor de uma futura conversão da nação de Israel, independentemente da Igreja. A passagem assim reza:
“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais presumidos em vós mesmos, que veio endurecimento em parte a Israel até que haja entrado a plenitude dos gentios. E assim todo o Israel será salvo” (Romanos 11:25-26)
Os dispensacionalistas explicam esta passagem como ensinando uma conversão em larga escala da nação de Israel após a reunião da plenitude dos gentios estar completa, pouco antes do tempo do Retorno de Cristo.
Essa interpretação ignora quatro importantes observações. Primeiro, a frase “todo Israel será salvo” dificilmente se refere apenas à última geração de judeus, uma vez que esta seria apenas uma fração de todos os judeus que viveram. Em segundo lugar, o texto não está discutindo a sucessão temporal, mas a maneira pela qual Israel será salvo. O texto não diz “e então [após a reunião dos gentios] todo Israel será salvo”. Antes, declara: “E assim [desse modo, pelo fato de os israelitas serem movidos por ciúmes pela salvação dos gentios] todo Israel será salvo”. Em terceiro lugar, os judeus estão sendo salvos por serem reenxertados na mesma oliveira em que os gentios também estão. Assim, a salvação dos judeus não ocorre independentemente da dos gentios, mas concomitantemente a isso.
Por fim, se a reunião de um número pleno de gentios tem lugar ao longo da história, há razão para duvidar que o mesmo também seja verdadeiro quanto à reunião dos judeus. De fato, no vs. 31 Paulo especificamente declara que os judeus “agora foram desobedientes, para que igualmente eles alcancem misericórdia, à vista da que vos foi concedida”. Essas observações claramente indicam que Paulo aqui não está apresentando uma ordem de dispensações sucessivas, mas uma promessa de inter-relação dinâmica entre a salvação de Israel e a da Igreja.

O equivocado pressuposto de dois povos com dois destinos procede em grande parte de uma teologia de desprezo aos judeus, antes que do ensino bíblico de um rebanho, um pastor, e um destino. O Novo Testamento freqüentemente fala dos judeus em cotejo com os gentios, mas nunca ensina ou deixa implícito que Deus tenha em mente um futuro separado para Israel, distinto daquele planejado para os gentios. Há uma unidade existente entre Israel e a Igreja. Na Nova Jerusalém estão inscritos tanto os nomes das doze tribos de Israel quanto os nomes dos doze apóstolos, os primeiros nas doze portas e os últimos nos doze fundamentos (Apocalipse 21:12, 14). A Igreja e Israel assim compartilham não só da mesma salvação presente, mas também da mesma glorificação e restauração finais. O futuro de Israel é visto no Novo Testamento, não em termos de um reino milenial político na Palestina, mas em termos de bênção eterna compartilhada com os remidos de todas as eras numa nova terra restaurada.

Conclusão. À luz das considerações precedentes concluímos que o ensino popular promovido por Left Behind [deixados para trás, um popular filme religioso e série de livros de ficção escatológica] de um desaparecimento súbito de milhões de cristãos, deixando para trás uma massa de judeus descrentes e pessoas inconversas, é uma ficção enganosa e não uma verdade bíblica. A popularidade desse engano pode ser atribuída à falsa premissa de que os crentes serão poupados de sofrer a tribulação final.
Numa época em que as pessoas engolem toda sorte de analgésicos para evitar ou aliviar a dor, não surpreende que muitos estejam dispostos a engolir também o engano de um Arrebatamento pré-tribulacional—um ensino que promete às pessoas isenção do sofrimento da tribulação final. Tal ensino atraente, contudo, não carece apenas de suporte bíblico, mas é também incriminatório do caráter de Deus. Retrata a Deus como um Ser discriminador que dá tratamento preferencial à Igreja removendo-a de sobre a Terra, antes de despejar a tribulação final sobre os que são deixados para trás.

Left Behind [deixados para trás] posiciona a conversão de muitos descrentes durante a tribulação—um ensino alheio à Bíblia. Repetidamente o Apocalipse afirma que os que experimentam as pragas finais
“não se arrependeram de sua obras” (Apocalipse 16:11; 16:9)

Ademais, destrói a unidade e finalidade da Vinda de Cristo, apresentada nas Escrituras como um evento único que ocorre após a Grande Tribulação. Nessa ocasião os santos adormecidos serão ressuscitados, os santos vivos serão transformados, os crentes de todas as eras se reunirão com o Senhor, e aqueles que são deixados para trás
“sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor” (2 Tessalonicenses 1:9)
Não haverá segunda chance para os que são deixados para trás quando Cristo vier, porque o fogo purificador de Sua presença consumirá todo o vestígio de pecado e pecadores:
“Virá, entretanto, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande estrondo e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2 Pedro 3:10)
Nossa bendita esperança repousa não sobre a ficção de desaparecer subitamente no espaço, mas na promessa do retorno de Cristo para criar
“novos céus e uma nova terra nos quais habita a justiça” (2 Pedro 3:13)
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* O Prof. Samuele Bacchiocchi atuou como professor de História Eclesiástica e Teologia na Universidade Andrews até jubilar-se. Ele é conferencista internacional e autor de vários livros de sua área de especialidade, tendo sido o primeiro não-católico a doutorar-se pela Pontifícia Universidade Gregoriana, ligada ao Vaticano